O VEm é uma sigla para Virtual EtnoMatemaTicas, mas poderia ser a própria palavra vem, nos chamando. Toda vez que a notificação do YouTube chegava dizendo que um programa iria começar, uma emoção chegava junto, chamando para um mundo com uma matemática humanista, uma matemática real.

No VEm Humanistas, vimos várias ticas de matema em diferentes etnos, de norte ao sul do Brasil. A maneira como o evento estava organizado, deixando um dia para se pensar sobre o tema do programa, chamou os participantes para debates incríveis sobre os temas, que foram muito bem escolhidos e debatidos. Dois deles foram marcantes, na minha opinião, o primeiro da professora Gelsa Knijnik (ITINERÁRIOS, 2020) sobre os itinerários etnomatemáticos baseando-se na sua própria história, sua fala sobre a aceitação de algumas críticas e partir delas para repensar nosso trabalho, chamou muito minha atenção.

O segundo tema marcante foi a fala do Carlos Mathias (O ETNO, 2020) sobre o etnos dos excluídos, na qual ele aborda a disneyficação da matemática, isso me tocou por ser exatamente por causa de exemplos de como a matemática estava em tudo, que cheguei à etnomatemática. Além desses dois temas, a fala de Antonio Francisco Ramos sobre a nossa história no grupo de estudos em etnomatemática do Instituto Federal do Piauí (IFPI) Campus Angical foi muito importante para levar nossas pesquisas para outras pessoas do mundo.

Concluo esse relato agradecendo pelo chamado para uma matemática humanista e pela oportunidade de adquirir conhecimento com excelentes discussões voltadas para temas importantíssimos. Aguardo ansioso pela próxima edição do VEm Humanistas, ou quem sabe, em uma versão presencial, chamando cada vez mais pessoas para a etnomatemática.