Saudações, escrevo a partir de Dondo-Sofala-Moçambique, sou amante da matemática e estou cursando uma licenciatura na mesma. Entro no evento Vem Humanistas por conta do anúncio que vi na página da matemática humanista.

As experiências que tive no evento Vem Humanistas foram únicas e inesquecíveis, foram momentos de muito aprendizado e alegria. Muitas ideias surgiram durante os debates, até mesmo ideias sobre possíveis temas para tomar como o meu trabalho de conclusão do curso. Um dos momentos mais marcantes foi o segundo evento, ou seja o evento ministrado pelo professor Rinaldo Pevidor, “O jogo africano Mancala e suas potencialidades pedagógicas”. Isso porque tenho visto uma parte do pessoal cá jogando o jogo de Mancala aqui vulgarmente conhecido como “Ntchuva” ou “Ntxuva” e nunca antes havia passado pela minha cabeça que pudesse haver tanta matemática em volta do jogo. Isso criou em mim uma grande curiosidade de querer aprender mais sobre o jogo, e quem sabe futuramente levar para as minhas práticas docentes. O outro ponto a ressaltar é sobre o último evento, “O etno dos excluídos”, apresentado pelo professor Mathias. Porque quando vi o tema logo pensei em alunos com necessidades educativas especiais, mas terminado o evento percebi que estava equivocado e que de certa forma carregava um erro em mente por muito tempo, isso porque nunca cheguei a pensar que aqueles que acham a matemática “difícil”, “um bicho de sete cabeças” como geralmente cá chamamos podem também ser considerados excluídos ou seja “especiais”, assim para o professor ensinar a esses alunos deve ser pouco mais humano. Este ponto também ajudou-me a refletir sobre os critérios de avaliação. Notei que os problemas de ensino que ocorreram cá em Moçambique também refletem-se no Brasil. Percebo que resta uma responsabilidade a nós, os futuros educadores, de modo a criar um senso de ideias revolucionárias para as práticas docentes na matemática.

Muito Obrigado, VEm humanistas!